Ao caminhar pelos corredores dos supermercados brasileiros, é impossível não notar o aumento constante dos preços dos alimentos industrializados. A verdade é que boa parte desse acréscimo deve-se à carga tributária pesada que incide sobre esses produtos. Impostos como o IPI, PIS, COFINS e ICMS tornam os alimentos industrializados mais caros, prejudicando o bolso dos consumidores e impactando a qualidade da alimentação de milhões de brasileiros.
Os reflexos dessa tributação excessiva vão além dos valores nas prateleiras. A população de baixa renda é a mais afetada, uma vez que esses alimentos, muitas vezes, representam uma opção mais prática e acessível. Com a alta tributação, a população tem sua escolha limitada, tornando difícil a adoção de uma alimentação equilibrada e saudável.
A consequência direta é a falta de acesso a alimentos nutritivos e benéficos para a saúde. Essa distorção no mercado favorece opções menos saudáveis e contribui para a perpetuação de uma dieta inadequada. É evidente que a carga tributária sobre os alimentos industrializados precisa ser revista para promover uma mudança nesse cenário.
Mas como solucionar esse problema? Uma das alternativas é repensar o sistema tributário brasileiro e estabelecer alíquotas e bases de cálculo que levem em conta critérios de saúde pública e nutrição, podendo estimular a indústria a investir em alimentos mais saudáveis, equilibrando a balança entre o que é financeiramente viável e o que é nutricionalmente adequado. Ou até, o governo poderia criar incentivos fiscais para empresas que produzam alimentos saudáveis, promovendo a redução de impostos ou isenções para aqueles que atendam a determinados critérios nutricionais.
No entanto, não basta apenas uma ação governamental. A conscientização e a educação sobre alimentação saudável são fundamentais. Programas educacionais e campanhas de informação podem ajudar a promover uma mudança de hábitos alimentares, induzindo o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, que são menos tributados e mais benéficos para a saúde.
Em suma, a alta carga tributária sobre alimentos industrializados é uma questão urgente que precisa ser enfrentada. É necessário buscar soluções que equilibrem a carga tributária, fomentem a produção de alimentos saudáveis e promovam a conscientização sobre a importância de uma alimentação equilibrada. Somente assim poderemos superar os desafios atuais e garantir uma qualidade de vida melhor para todos os brasileiros.